O programa ARCHIFAM propôs estudar o processo de constituição dos documentos em arquivo, nomeadamente aqueles relativos à história, aos direitos e à memória das famílias nobres e aristocráticas e ainda, se as fontes assim o permitirem, das famílias mercantis ou mesmo camponesas, sublinhando as complexas relações que se estabelecem entre os arquivos e as famílias no momento da génese destes fundos documentais e que se prolongam pelas décadas e séculos seguintes, concedendo aos arquivos de família um estatuto e um papel específicos na construção das histórias, das identidades e das memórias familiares.

Com uma duração de três anos (2013-2015), este programa inscreveu-se no campo de investigação “Écrits, archives, récits”, apoiado pela École des hautes études hispaniques et ibériques (Casa de Velázquez, Madrid), pela equipa Identités Territoires Expressions Mobilités (ITEM EA 3002, Universidade de Pau et des Pays de l’Adour), pelos grupos de investigação “Sociedad, poder y cultura en el País Vasco (siglos XIV y XV)” e “Elites, redes, monarquía” (Universidade do Pais Basco, Vitória), por J. M. Lacarra (Universidade Pública de Navarra, Pamplona), pelo Instituto de Estudos Medievais (Universidade Nova de Lisboa) e pelo Centro de História de Além Mar (Universidade Nova de Lisboa).

Em 2013, três sessões de um seminário na Casa de Velázquez (Madrid) abriram caminho para as jornadas de estudo que vieram a ser organizadas por estas universidades: em Pamplona (nov. 2013), em Vitoria (abr. 2014), em Lisboa (jun. 2014) e em Girona (mar. 2015). A cada uma correspondeu um tema diferente, que contou sempre com os investigadores, historiadores e arquivistas do programa, assim como com a presença de especialistas convidados.

O programa encerrou na Casa de Velázquez, com o atelier doutoral, aberto a doutorandos em História e em Arquivística, que se realizou em março de 2015.